Através de nosso canal “relacionamento@amorqc.com.br”, temos recebido comentários de moradores sobre a presença excessiva de fezes de animais nas praças e calçadas do bairro.
O fato é recorrente e nos parece que a única forma de revertê-lo é sensibilizarmos os donos de animais, a um comportamento colaborativo com a prática de recolhimento das fezes de seus cães.
Outro aspecto comportamental a ser observado, é a presença de cães nas praças em áreas destinadas a recreação infantil. Muitos moradores, permitem o livre acesso de seus cães às áreas exclusivas (próximo aos brinquedos), desconhecendo o perigo que um simples passeio pode oferecer aos pequeninos, que brincam na areia e podem se contaminar com vermes e bactérias.
Conheça um dos vermes mais comuns presentes na areia de parques, praias e até mesmo no quintal das casas.
O BICHO GEOGRÁFICO
O bicho geográfico, cientificamente conhecido como Larva migrans cutânea, é uma doença de pele causada pela entrada de parasitas através de feridas ou cortes na pele, causando sintomas como coceira e vermelhidão.
Esses parasitas estão presentes no intestino e nas fezes de animais domésticos como cachorro e gato, e a pessoa é contaminada quando a pele ferida entra em contato com resquícios das fezes desses animais, que podem estar presentes na areia de parques, praia, e até dos quintais das casas. Há registro de contaminação também apenas pelo contato da pele com a larva, sendo mais comum acometer o bumbum, as costas e os pés.
Na maioria dos casos, a larva é eliminada naturalmente do organismo cerca de 4 a 8 semanas após a infecção, mas é importante fazer o tratamento com o médico para evitar complicações na pele e aliviar os sintomas da doença.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Os sintomas de bicho geográfico podem demorar algumas semanas ou meses para aparecer, porque na maioria dos casos os parasitas ficam adormecidos debaixo da pele. Porém, quando surgem, geram sintomas como:
- Coceira na pele, que costuma piorar durante a noite;
- Sensação de movimento por baixo da pele;
- Vermelhidão na pele semelhante a um caminho tortuoso, que é por onde a larva passa;
- Inchaço na pele.
Na forma ativa da doença, é comum observar que a lesão vai avançando cerca de 1 cm por dia na pele, e logo que seja identificada deve-se iniciar o seu tratamento.
COMO TRATAR
O tratamento para o bicho geográfico deve ser orientado por um dermatologista e normalmente é feito com o uso de remédios como Tiabendazol, Albendazol ou Mebendazol, que podem ser usados na forma de pomada, quando a doença está ainda no início, ou na forma de comprimidos, quando o bicho geográfico é descoberto mais tarde.
Geralmente os sintomas do bicho geográfico reduzem cerca de 2 a 3 dias após o início do tratamento, sendo importante seguir o tratamento até o fim para garantir que a larva é completamente eliminada do corpo. Uma forma caseira de aliviar os sintomas é o uso de bolsa de gelo na região afetada.
CICLO DE VIDA
O ciclo de vida do bicho geográfico começa quando animais domésticos ingerem alimentos contaminados com o parasita Larva migrans. Em seguida, essas larvas se reproduzem no intestino do animal e liberam ovos que são eliminados nas fezes e que contaminam o solo onde são depositados.
No solo, as larvas são liberadas do solo e contaminam o homem quando a pele ferida do corpo entra em contato direto com estas larvas, o que vai causar a infecção por bicho geográfico.
COMO SE PROTEGER DO BICHO GEOGRÁFICO
Para prevenir o bicho geográfico, deve-se evitar andar descalço em locais que tenham cães e gatos, e recolher as fezes dos animais para que elas não contaminem o solo.
Além disso, é importante levar os animais ao veterinário para que eles também sejam tratados através do uso de remédios que combatem a Larva migrans e outros parasitas, evitando que eles transmitam doenças para as pessoas.